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Claudia Feddersen

A Importância de um Bom Dermatologista na Nossa Imagem

  • Writer: Claudia Feddersen
    Claudia Feddersen
  • Jul 31, 2017
  • 4 min read

Meus queridos, branca do jeito que sou (ou melhor, escandinavo descendente) e moradora da Cidade Maravilhosa (que está de tudo, menos maravilhosa) onde o sol frita todos os humanos democraticamente, nada mais salutar e responsável do que visitar um dermatologista com uma certa frequência. Na verdade tenho uma teoria de vida: além de todos os amigos que você conquista ao longo dos anos, três em particular devem ser das seguintes profissões: advogado, delegado e dermatologista. Munida desse trio, você pode até ter o Bozo como amigo. Aliás, super recomendo, principalmente nesse momento de crise generalizada. Afinal, você pode perder tudo na vida mas nunca o bom humor.


Continuando: visito dermatologistas desde os 13 anos de idade. Sim, época da puberdade... e não satisfeita com a ebulição de hormônios, cólicas e mau humor, foi “agraciada” geneticamente com um mal que persegue a todos da família: as espinhas. E quando falo todos, incluo o lado materno e paterno. Fora o culote que me traumatizou a aborrecência inteira e que herdei da minha avó paterna Elsa. Mas isso é uma outra história.


Minha primeira dermatologista já era uma senhora lá no início da década de 90. Anos difíceis aqueles: Collor se apropriou da poupança dos brasileiros, Steve Clark do Def Leppard e Kurt Cobain do Nirvana se suicidaram, Lady Di e Principe Charles se divorciaram, e a filha dessa dermato foi sequestrada. Bom, final feliz apenas para essa senhora. Que bom. Lá fui eu para a consulta. Em um primeiro momento, apenas umas “espinhazinhas” facilmente tratáveis com remédios tópicos. Mas no segundo, as “pequenas” viraram vulcões vermelhos e amarelos prontos a uma erupção. Lembro-me bem de um dia ficar sentada na pia do banheiro com o meu irmão (cinco anos mais velho) e ambos ficamos explodindo tais colmeias cuja secreção pareciam torpedos a atingir o espelho do recinto... disgusting. Com os anos, a pele só piorava e essa médica querida, que carinhosamente me chamava de fofolete, não pode fazer mais nada pela minha cútis. Next, please.


Segundo dermatologista: dessa vez na época do meu primeiro emprego (quase não fui contratada por conta do meu rosto espinhento) decidi encarar um cirurgião plástico. Sim, ele iria me dar uma pele de Branca de Neve, pensei esperançosa. Mas no começo da segunda metade dos anos 90, os métodos de eliminação de acne eram ainda medievais: a pele era exposta à ácidos dentro do próprio consultório e a queima roupa!! De fato minha pele deixou de ter aquela vermelhidão toda: passou a ficar estorricada nas áreas infeccionadas. Agora eu tinha um rosto alvo com placas de carvão. Não muito feliz com o resultado, comentei ao senhor doutor meu descontentamento e eis que ele me sugere tirar um mês de férias, de forma que eu ficasse de resguardo para arranhar minha face toda, prática usada na Inquisição nos hereges. Oi?? Next, please.


Desacreditada com a classe especializada na tez, fiquei uns anos tentando aceitar a minha faceta ogra. Mas como nossa imagem é sim o nosso cartão de visitas, fui carinhosamente alertada no trabalho de tal e lá fui eu em outra doutora da epiderme. Mais jovem e mais antenada. Legal. Daí ouço pela primeira vez sobre um tal remédio chamado Roacutan. Milagroso. Capaz de mudar a minha vida. Eficaz. Me apaixonei. Mas como diria o profeta, “não existe almoço grátis”. Além de ser bem caro ele requer uma dedicação de “110%”!! Explico: alimentação rigorosíssima e vida celibata. Eu deveria cortar gorduras, excessos, álcool e sexo, pois todas as membranas expostas do nosso corpo secam como a caatinga do Nordeste. Aceitei de cara?? Claro que não!! E assim se foram quase dois anos quando efetivamente resolvi fazer o tratamento e me livrar finalmente das perebas do meu rosto.


A grande motivação para tanto foi o término de um relacionamento. Era véspera dos meus 30 anos. Pensei na época “é agora ou nunca”. Na época eu trabalhava para uma multinacional em São José dos Campos (SP). E lá mesmo procurei um sábio doutor da derme para me acompanhar na jornada rumo a uma pele de pêssego. Encarei germanicamente o tratamento. E em nove meses além de alta havia eliminado uns dez quilos. Me senti poderosíssima, uma She-ha no Castelo de Greyskull. E como prêmio após a alta, me mandei para o Chile para tirar o meu atraso etílico com vinhos nacionais.


Os anos seguintes foram totalmente conscientes da necessidade de higienização, hidratação e proteção da cutícula. Porém conforme os anos se passaram, outras necessidades apareceram.


Sim, eu já havia falado em Botox. Mas as referências do mundo de celebridades me assustavam muito a ponto de me fazer chegar a militar contra a tal toxina botulínica, e ser a favor do envelhecimento natural do nosso couro. Algumas provocações me foram feitas, como a de uma senhora em um evento social que, não satisfeita com a minha juventude, veio logo dizendo que eu precisava do recurso “pra ontem”. Uma graça de pessoa.


Mas eis que, fui há um mês no meu querido e atual dermatologista e reclamei do meu “bigode chinês” (herança do lado materno) que está aparecendo no meu lindo rostinho leitoso. E ele foi na lata: injeção de ácido hialurônico. Começo a suar. E mais, disse o Clark Kent da dermatologista, “está na hora de você pensar com carinho em aceitar colocar Botox na testa, de forma preventiva, porque se demorar muito, nem Padim Ciço fará milagre”. Um fofo.


No momento só tenho marcada uma limpeza de pele rotineira (de três em três meses) para retirada de gordura. Sim, mesmo com o pós-Roacutan, minha pele continua assaz adiposa. Injeção na testa nunca foi o meu forte, nem de graça. Mas por amor a profissão, achei que fosse sim capaz de encarar umas espetadinhas. Mas às vésperas recuei. Já basta ser picada todos os dias por conta da Diabetes. Chega de sofrer. A maturidade traz essas coisas. A conferir cenas dos próximos capítulos.


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