As Roupas Afetam (e muito!!) a sua Carreira
- Claudia Feddersen
- Dec 4, 2017
- 3 min read
Saber o que vestir em um ambiente corporativo requer bom senso, criatividade e estudo prévio dos valores da empresa em questão. Pode até parecer óbvio, mas acreditem esse mantra não é lembrado por grande parte da população economicamente ativa. As desculpas/argumentos dados pelos erros de dress code se resumem a preguiça de se fazer uma pesquisa preliminar sobre o ambiente em que se potencialmente conseguirá um emprego e falta de dinheiro para adquirir roupas adequadas. Em relação ao primeiro motivo, se trata de uma falha crucial para quem quer fazer a diferença em um mercado cada vez mais exigente e competitivo. Já a segunda explicação, em um português bem claro, é pura balela: mercados populares como o SAARA no Rio de Janeiro ou a Rua 25 de março em São Paulo oferecem boas opções tanto de roupas e acessórios a preços acessíveis.
Valores como boa formação, idiomas, pró-atividade, vontade de aprender, determinação, assertividade e cultura geral são imprescindíveis para se conseguir uma tão almejada vaga. Mas acreditem, em um primeiro momento todos os mencionados quesitos de nada podem valer. Para ser mais precisa, nos 15 segundos após o primeiro contato, muito será concluído em relação à sua imagem: seja para o bem ou para o mal. Minha matéria Sua Imagem é Sim o Seu Cartão de Visitas explica melhor essa ideia e com bases empíricas.
Meu primeiro emprego foi como Intérprete Recepcionista da H.Stern em 1995. Por se tratar de um emprego que lidava diretamente com o público minha imagem deveria estar impecável. Se no primeiro momento para muitos isso se resume a algo frívolo, acreditem, fazia toda a diferença. Estar com os cabelos impecáveis, unhas muitos bem manicuradas, suavemente perfumada, batom nos lábios e, último porém muito importante, um sorriso no rosto, cativava clientes das mais diferentes origens. Foi um grande aprendizado para mim. Hoje considero essa experiência profissional uma pós graduação aos ensinamentos da minha mãe que foi comissária de bordo da Varig em meados dos anos 60, e da Escola Socila que ministrava cursos de etiqueta para as meninas da alta sociedade carioca.
Em seguida participei de programas de estágios, tanto no mercado financeiro quanto em multinacionais. E vivenciei um mundo diferente em termos de imagem. Não havia em nenhum desses sítios uma consciência explicita e direcionada de dress code: ao mesmo tempo em que mulheres bem vestidas e asseadas eram positivamente reconhecidas, tais informações não eram passadas para outras profissionais e estagiarias. E era claro como os bastidores lembravam de cada uma através de apelidos maldosos. E consequentemente isso resultava em colaboradoras de baixa autoestima e entrega. Estou falando de algo que vivenciei há 20 anos. E em grande parte dessas mesmas empresas isso infelizmente ainda perdura.
A necessidade de passar a consciência de que a imagem do individuo é sim o seu cartão de visitas e da empresa que ele representa é fundamental para o sucesso de ambos. Uma pessoa que sabe o que lhe veste bem, lhe dá segurança e angaria muitos contratos e clientes. Ela será cativante na sua essência.
De fato, o passado da pessoa, educação e aspirações de carreira são os pilares para uma imagem condizente com o seu sonho: ela precisa se vestir de acordo com o que almeja. Em um mundo perfeito somente a performance profissional é considerada. Mas a realidade mostra que para se conseguir um cargo de gerência devemos também nos vestir e posicionar propriamente.
Cabe à um Consultor de Imagem extrair de cada colaborador o melhor de si sem jamais anular a sua personalidade. Mas o pulo do gato será fazer o perfeito casamento da essência do indivíduo com a cultura da organização do qual o mesmo trabalha.
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