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Claudia Feddersen

Mary Quant (1934)

  • Writer: Claudia Feddersen
    Claudia Feddersen
  • Apr 10, 2017
  • 2 min read

Sinônimo do estilo britânico contemporâneo dos anos 60, Mary Quant mostrou ao mundo fashion que os ingleses, antes dos Beatles, Twiggy, Vivienne Westwood e Lady Di, tinham sim muito a oferecer.


Desde que comecei a estudar a Moda (isso lá no começo dos anos 90), me atentei a entender a sua história e o who-is-who dessa indústria. Infelizmente e para a minha frustração, muitos (bons!!) profissionais do meio não se interessam ou fazem pouco caso dos primórdios do que se tornou pop em determinados períodos da história da indumentária. Desilusões à parte vou escrever um pouco sobre a possível criadora da minissaia.




É bom colocar aqui um ponto: a criação da minissaia é polêmica para a indústria da Moda, da mesma forma que a criação do avião é para a Aeronáutica internacional. Explico: até hoje há controvérsias sobre quem é o Pai da Aviação. Santos Dumont?? Sim, para os brasileiros e uma torcida ferrenha. No entanto para os E.U.A. e alhures, os “verdadeiros” criadores são os irmãos Wright. Na Moda temos uma situação semelhante: a minissaia foi criada pela britânica Mary Quant (1934) ou pelo francês André Courrèges (1923-2016)??



Independente do criador de uma das peças mais amadas do vestuário de uma mulher, escolhi falar primeiramente de Barbara Mary Quant (Courrèges terá também um post especial no futuro, aguardem!!). Londrina, filha de pais galeses, aquariana, estilista e vanguardista, Quant tinha um tino nato para os negócios. Seu norte era oferecer aos jovens roupas com preços honestos e fugir da imposição dos preços exorbitantes da alta-costura.



A Londres da década de 50 era li-te-ral-men-te irrelevante para o mundo fashion. Em 1955, Quant abriu a loja Bazaar na lendária King’s Road (berço do mundo fashion, punk e musical, principalmente nos anos 70) sem apoio algum dos atacadistas. Determinada, a estilista frequentou cursos noturnos e montou sua própria confecção. Sua proposta era clara e simples: uma moda democrática em que jovens e mulheres maduras poderiam encontrar roupas de aristocratas e estrelas de cinema a preços acessíveis. O sucesso foi estrondoso a ponto de filas quilométricas terem sido formadas nas redondezas.



Seu êxito só foi reconhecido no final da década de 50 quando Paris percebeu que o tubinho mini de corte reto, origem da minissaia, era um sucesso inquestionável. Em meados da década de 60, seu empreendimento valia mais de £ 1 milhão. Em 1964, as jovens norte-americanas foram hipnotizadas pelos looks de Mary Quant. Antes mesmo dos Beatles fazerem sucesso nos E.U.A., ela já era celebridade por lá.


Fã de carteirinha de Coco Chanel, Quant foi menosprezada pela mesma, pois segundo a própria, vindo de Mary um elogio era “realmente algo bem pequeno”. No entanto em 2015, sua contribuição ao mundo da moda foi reconhecida pela Rainha Elizabeth II quando obteve o título de Dame Barbara Mary Quant. Sim... o mundo dá voltas.



“A vida está cheia de oportunidades, é importante se manter atenta e aberta a elas” – Costanza Pascolato (1934)

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