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Claudia Feddersen

Saga da Moda: os Fundadores e seus Monstros

  • Writer: Claudia Feddersen
    Claudia Feddersen
  • Aug 30, 2017
  • 2 min read

Karl Lagerfeld (1933), o Kaiser da Moda Internacional, sempre lembra que a lendária Coco Chanel (1883-1971) não estaria nada feliz com o direcionamento que o mesmo deu à sua marca, ou império fashion. Ao assumir a maison em 1983 como estilista, 12 anos após a morte da Mademoiselle, Herr Lagerfeld teve a missão de salvar o business da falência. Seu estilo mais pop era o oposto do estilo infrator de Chanel.


De acordo com Madonna (1958), não devemos nos contentar com o segundo lugar. E com a Moda essa ideia é totalmente pertinente, seja na sucessão de um fundador ou de um diretor criativo de uma marca. A Moda precisa continuar e seguir o seu fluxo. Ela nunca para ou dorme. E como na Literatura e Artes, o legado de um trabalho se deve totalmente ao seu criador.


No caso de uma histórica e grande marca fashion, sua identidade per si a torna um ícone. É preciso ser abastecida por outras ideias que continuem o seu encanto. Se moldar ao mundo contemporâneo é o mantra mais óbvio, mas ser ousado é a sua palavra de ordem. Mais do mesmo não enche um tradicional closet, o mesmo já está abarrotado de ideias do passado. Ser eclético é mais interessante e desejável.


A precisa Sarah Burton (1974), estilista do vestido de casamento de Kate Middleton em 2011, decretou que os dias de teatralidade de Alexander McQueen (1969-2010) haviam chegado ao fim, quando a mesma assumiu o olimpo da marca dele. Raf Simons (1968) ao assumir o lugar de John Galliano (1960) na Dior, preferiu dar um passo a trás para seguir o corte sóbrio, reto e alinhado, totalmente diferente das flores exóticas, tules e dramas do seu antecessor.


Das danças de cadeira da primeira década do século XXI, Frida Giannini (1972) foi mais contida na maison Gucci ao retratar uma mulher também sexy e glamourosa, porém mais centrada que a idealizada por Tom Ford (1961), seu brilhante precursor. O sucessor de Frida, Alessandro Michele (1972), trouxe uma realidade mais naturalista e vintage para essa mesma casa. Em suma, para os que eram habitué do estilo fashion e equestre da Gucci, os primeiros anos de 2000 trouxeram novidades avant garde para seus fãs. Coisa para herdeiro antenado mesmo.


E o que dizer de Maria Grazia Chiuri (1964) no comando da Dior, hein??


A verdade é que, por mais que o grande criador de uma maison ensine ao seu pupilo o melhor de estética, precisão e criatividade, seu sucessor sempre seguirá a sua intuição para se diferenciar do seu mestre. E será essa percepção que o tornará, ou não, um sucesso no comando de criação da casa. E assim caminha a humanidade, ou melhor, as grandes e lucrativas empresas. Pensar fora da caixa não é fácil, mas os tempos estão em constante mudança e somente os bons serão seguidos. A receita do bolo não é difícil de fazer: o desafio é realizar em um mundo tão imprevisível.

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