Como a Tatuagem pode influenciar a sua Imagem
- Claudia Feddersen
- Oct 16, 2017
- 3 min read
A tatuagem inspira debates calorosos. Dermatologistas desaconselham, tribos diversas incentivam e o preconceito ainda reina em certos círculos profissionais e sociais. Para muitos se trata de um acessório; para outros, um estilo de vida. Importante: muitas religiões possuem posições diversas e contras em relação à tatuagem. Não entrarei nessa seara, apesar de respeitar todas as posições.
De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a tatuagem é a “arte de gravar na pele, por meio de pigmentos coloridos ícones (...) indeléveis que simbolizam forças da natureza, doutrinas e etc”. A origem da palavra em si é originária da região da Polinésia, onde a tatau era praticada em rituais religiosos com motivos específicos. Mas segundo arquivos arqueológicos, ela já era praticada pelo povo do Antigo Egito (cerca de 4.000 A.C.) como forma de vangloriar seus ídolos.
Na Idade Média (entre os séculos V e XV), a Igreja Católica associou o grafismo corporal à adoração ao demônio e condenou várias pessoas à morte na fogueira. Lá pelo final do século XIX, a Inglaterra começou a adotar a tatuagem como forma de identificação de seus prisioneiros. Desde então os tatuados eram considerados pessoas que estavam à margem da sociedade. O mesmo aconteceu com os prisioneiros do Holocausto. No entanto, os marinheiros da Segunda Grande Guerra ornamentavam seus respectivos corpos com o nome de suas amadas.
No mundo contemporâneo, tal prática de “adornar” o corpo está ligada a algo que identifique a pessoa como uma forma de expressão através de símbolos, nomes e/ou frases. Quanto à que parte do corpo tatuar, não há regras ou impeditivos: basta somente ter plena consciência da dor que vai sentir. Como Consultora de Imagem, lembro que é importante frisar que a tatuagem deve fazer parte do todo: ela deve mostrar quem você é junto de outros elementos visuais (roupas, acessórios, cores).
No entanto, dependendo da profissão e local de trabalho, regras de dresscode (código de vestimenta) precisam ser cuidadosamente atendidas, já que algumas empresas entendem que a tatuagem pode ser algo agressivo quando a mesma está às vistas. Eu mesma que trabalhei no mercado financeiro por mais de 10 anos, sei que ao representar uma instituição um código de conduta precisa ser rigorosamente seguido. Não que os funcionários não possam ter suas tattoos, basta que as mesmas estejam ocultas.
A questão é que há uma gama diversa de clientes que possuem suas crenças e podem se sentir incomodados pela tatuagem. E assim muitos acordos e parcerias deixam de acontecer, pois a nossa imagem é o nosso cartão de visitas. Pode até parecer preconceituoso, mas muitas pessoas preferem ficar com a primeira impressão e não se dão ao trabalho de conhecer as competências técnicas antes de eliminar uma produtiva aliança.
Muitas multinacionais não veem problemas nas tatuagens em geral. Apenas fazem ressalvas às que mostram símbolos e frases que possam ofender raças e credos diferentes, seja em colegas de trabalho e/ou clientes.
É fato que não será devido a uma tatuagem que um colaborador será ou não promovido, ou mesmo dispensado. Mas de acordo com pesquisas de RH, entre dois funcionários, um pode ser preterido por conta delas, principalmente se estão exibidas no rosto, pescoço e/ou mãos.
Vejam essa foto do site www.opiniaorh.com que ilustra bem as áreas onde a tatuagem influencia ou não a sua imagem em um ambiente profissional.
Cabe à cada profissional fazer um estudo prévio da empresa na qual gostaria de trabalhar e naquela que lhe chamou para uma entrevista: entenda seus valores, dresscode e veja se esses fazem parte da sua personalidade e estilo de vida. Cada pessoa é única e mesmo sem querer, levamos um pouco de nós ao nosso meio de trabalho. Capacidade, competência e personalidade são as palavras chaves para uma carreira de sucesso. Mas com uma imagem inadequada, muitas vezes, de nada adianta você ser o melhor.
Para maiores informações e dicas de dresscode profissional sem perder o seu estilo, leia a minha matéria publicada em 22.jul.2017.
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