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Claudia Feddersen

Moda nos Séculos XVII e XVIII: do Barroco ao Rococó

  • Writer: Claudia Feddersen
    Claudia Feddersen
  • Dec 26, 2017
  • 3 min read

As tendências culturais dos séculos XVII e XVIII se refletiam em diversos universos que de alguma forma se conectavam entre si: música, arquitetura, artes plásticas e moda. A França era o principal país que, através de seus monarcas, ditava a Moda: se o Barroco estava para Luis XIV, o Rococó estava para Luis XV.


O estilo Barroco demonstrava rigidez, formalidade, tons sombrios e extravagância. Os tecidos usados nas roupas por uma classe abastada e nobre lembravam tapeçarias que enfeitavam suas residências nababescas. A maior referência de Moda para essa época era o rei Luís XIV da França (1638-1715), consumista inveterado, caprichoso e vaidoso. Diferente da nobreza da época do Mercantilismo, o Rei Sol incentivava sua aristocracia a se vestir como ele, o que culminou na falência de muitos dos seus patrícios. Basta visitar o Palácio de Versailles para entender a suntuosidade de seu fundador.


A grande inovação desse período ao vestuário masculino foi a adoção de um conjunto de três peças – colete, casaco e calção – oriundo da Pérsia, que se tornaria o que é conhecido atualmente como terno. E em termos de acessórios, a peruca era a grande estrela do look.



No caso das mulheres, um penteado sem uma fontange não podia ser aceito: uma grinalda alta e empinada feita de arames para suportar o cabelo. O nome é uma homenagem à duquesa de Fontange, uma das amantes de Luis XIV, que ao perder seu chapéu em uma cavalgada recorreu às pressas a uma fita enrijecida para prender o seu cabelo.



A moda Rococó, cujo nome vem do francês rocaille que significa um tipo de enfeite feito com conchas e pedras, foi um estilo adotado por Luis XV (1770-1774). Apesar de ser menos afetada e pomposa, era considerada exótica: as rotas de comércio com países orientais e asiáticos abertas séculos antes estavam no auge. Era possível importar tecidos, adereços e artefatos considerados excêntricos e inseri-los à moda da época. Nunca se demandou tanto algodão indiano e seda chinesa. Consequentemente, a necessidade de produzir tais itens domesticamente impulsionou a indústria têxtil europeia dando inicio à Revolução Industrial. E a partir de 1770, avanços na imprensa gráfica permitiram o desenvolvimento de revistas de moda na Inglaterra, Alemanha e França, que propagaram o estilo de corte e costura na Europa. O consumo por moda expandiu-se das áreas metropolitanas às rurais e da nobreza à classe média.


As roupas possuíam cores sutis, eram refinadas e feitas com muito cuidado e atenção, como uma obra de arte. O traje típico feminino foi o robe à la française, um vestido que criava a impressão de “amplitude na parte traseira” e à frente era justo com um formato em “V”. Acessórios como leques, grinaldas, chalés, plumas, fitas e flores artificiais eram essenciais ao Rococó. Madame Pompadour, a principal amante de Luis XV foi a maior referência a esse estilo.


Os homens usavam o habit à la française, um conjunto de casaco junto à cintura, colete, calção, meias de seda e camisa com babados e punhos decorados, além de echarpes de tecidos finos.



Ambos os sexos abusavam de pós para os cabelos (um tipo de talco da época), fivelas nos sapatos de saltos altos e maquiagem.


O final do século XVIII foi marcado pela queda do Antigo Regime com o advento da Revolução Francesa. A forma de se vestir com requinte e ostentação foi banida de vez dando lugar à tecidos simples e práticos, reflexo de uma ideologia igualitária do movimento revolucionário do período., cujas consequências alteraram o curso da história e da Moda.




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